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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Camelôs entram em confronto com o Bope no Centro


Camelôs mostram marcas de tiros de balas de borracha
Atualizada às 13h55
Um grupo de vendedores ambulantes contrário à transferência para o estacionamento da Praça Palmares, determinado pela Prefeitura de Maceió, entrou em confronto com a polícia no final da manhã desta segunda-feira (6), no Centro da capital. Os manifestantes bloquearam a Ladeira dos Martírios e a Rua do Sol, o que causou um grande congestionamento na região. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar fez uso da força para reestabelecer a ordem no local. Viaturas do Samu, da PM e helicópteros sobrevoam a região. Devido ao confronto, muitas lojas permanecem fechadas.
Ao Tudo Na Hora, o gerente de uma loja, Jeferson Costa, afirmou que a confusão começou quando os camelôs exigiram que os lojistas fechassem as portas, após resistirem à ordem de mudança. "Eles saíram batendo nas portas e pediram para que nós ficássemos lá dentro. Daí chegaram os policiais do Bope, que afastaram os ambulantes soltando bombas de efeito moral e disparando balas. Até quem não tinha nada a ver na história foi ferido", contou.
Os camelôs, por sua vez, afirmam que só pediram que os lojistas fechassem os estabelecimentos porque o Bope chegou ao local disparando balas de borracha e soltando bombas de efeito moral. Vendedores ambulantes feridos com os disparos foram à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) denunciar o caso.
"Nós estávamos fazendo um protesto pacífico, até eles chegarem com violência. Nós só mandamos as lojas fecharem depois que o Bope começou a nos agredir. E tudo pode ser comprovado com vídeos gravados que temos aqui", disse o ambulante Eduardo Gomes, com uma câmera digital em mãos.
Jéssica Araújo, 20 anos, disse que foi agredida por policiais da Radiopatrulha. Segundo ela, um PM a levantou pelo pescoço e deu uma paulada em suas costas, chamando-a de "rapariga". Já Maria Gorete relata que o marido apanhou da polícia e foi preso. "Isso é um desrespeito muito grande, ele não estava fazendo nada. E eu estou aqui sem saber para onde o levaram", disse, chorando.
De acordo com o coronel Túlio Roberto, do Bope, os manifestantes não quiseram atender à negociação proposta pelo Centro de Gerenciamento de Crises da PM, por isso foi necessária a intervenção do Batalhão. Segundo um internauta que presenciou grande parte do confronto, a polícia foi recebida a pedradas pelos camelôs.
“Quando o Bope chegou, os camelôs correram para as ruas do calçadão e determinaram que os lojistas fechassem as portas. Duas viaturas do Bope subiram no calçadão e então começou todo o confronto. A confusão foi grande porque parentes do preso enfrentaram os policiais, pedindo a sua soltura”, relatou o internauta, pedindo o anonimato.
Já de acordo com o coronel Túlio Roberto, a situação foi normalizada, as vias foram desobstruídas e o trânsito descongestionado. O Tenente Carlos Romeiro, do 1º Batalhão da Polícia Militar, afirmou que nenhum homem foi preso por sua equipe. "Estamos aqui para fazer a segurança dos lojistas, que já podem reabrir as portas", acrescentou.
O protesto
Segundo o vendedor ambulante Eduardo Gomes, o protesto iniciado na manhã de hoje pede melhores condições de trabalho aos camelôs do Centro, que seriam transferidos nesta segunda-feira (6) para o estacionamento da Praça Palmares.
Os vendedores pedem um local de trabalho coberto, com banheiros e segurança. Eles dizem que a Secretaria Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) tentou transferir cerca de 450 ambulantes para a Praça, que só tem capacidade para alojar 197 camelôs.
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