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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Estado oferta novas áreas para estaleiro Eisa em Coruripe


Luiz Otávio Gomes conversou com a imprensa na segunda-feira (25)
Apesar do parecer negativo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) para a instalação do estaleiro Eisa no Pontal de Coruripe, o governo de Alagoas não desistiu de trazer o empreendimento para o estado. Duas novas áreas, também na região de Coruripe, foram apresentadas pelo governo ao Grupo Sinergy, que há cerca de 3 anos e meio realiza estudos para a construção do estaleiro em Alagoas.
Nesta segunda-feira (25), dois representantes da empresa vieram para o estado conhecer e analisar de perto as novas áreas ofertadas, localizadas mais ao sul do espaço até então disponibilizado. Em entrevista à imprensa durante esta tarde, o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes, afirmou que a orientação do governador Teotonio Vilela Filho é insistir para que o Grupo Sinergy continue a acreditar e a investir na instalação do estaleiro em Alagoas.
Amanhã (26), o secretário viaja para o Rio de Janeiro, onde volta a se reunir com os executivos do Sinergy, incluindo o presidente do grupo, German Efromovich. “Junto com os dois representantes que estiveram hoje em Coruripe, vamos discutir a viabilidade das novas áreas ofertadas. Será uma reunião definitiva, ao final da qual a empresa vai comunicar oficialmente ao governo se continua em Alagoas”, disse Luiz Otávio Gomes.
Apesar de se dizer motivado a continuar a investir no empreendimento, o secretário admitiu que a construção do estaleiro em uma outra área custaria “muito mais caro”, uma “verdadeira fortuna”, pois exigiria a construção de uma barreira para diminuir a velocidade das águas marítimas na costa.
“Foi a maior frustração”
Para a imprensa, Luiz Otávio Gomes não escondeu a frustração pela negativa do Ibama sobre a instalação do estaleiro no Estado. Na sexta-feira passada (22), o órgão ambiental enviou parecer afirmando que o empreendimento provocaria grandes danos à área de mangue que seria destruída na construção: cerca de 70 hectares (ou 700 mil metros quadrados).
“Foi a maior frustração em todos esses cinco anos e meio de governo estadual. Estou triste e angustiado, inclusive porque tive que levar a notícia ao governador Teotonio Vilela. Ele, como eu, ficou triste, mas logo me disse: ‘Não vamos nos abater, nós vamos conseguir’. Então, vamos correr atrás do prejuízo. Ofertamos uma nova área e a empresa resolveu enviar para cá dois técnicos. Portanto, acredito que nem tudo está perdido”, relatou Luiz Otávio, revelando que o parecer do Ibama se refere apenas à primeira área, deixando margem para que as outras duas sejam analisadas.
O secretário afirmou não acreditar em “jogo político” contra a investida do governo alagoano, mas classificou como “estranho” o fato de o Ibama vetar o estaleiro em Alagoas, ao mesmo tempo em que libera empreendimentos semelhantes e até maiores em outros estados do Brasil.
“Não acredito em interferência política. Mas a situação é estranha. Eu preferia dizer que Alagoas teve competência, mas não teve sorte. Ao contrário de Pernambuco, por exemplo, tivemos intervenções do MPF (Ministério Público Federal) e da Justiça Federal e o órgão ambiental estadual [IMA] não foi considerado competente para conceder a licença de instalação”, comentou o titular da Seplande.
Durante os últimos três anos e meio, cerca de R$ 3 milhões foram investidos pelo Grupo Sinergy em estudos prévios para instalar o estaleiro Eisa em Alagoas.

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